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CULTURA







Fórum de capoeira de João Pessoa realiza nesta terça, 13, uma noite de capoeira no centro histórico
Por: Jornal o Povo/Malu Farias, do Fórum de Capoeira de João Pessoa


A partir das 18h30mim, nesta terça-feira, dia 13 de maio, na Praça Antenor Navarro no Centro Histórico,os capoeiras, de João Pessoa estarão abrindo uma grande roda de capoeira, acompanhada pelas batidas do maculelê, para comemorar três anos de existência do Fórum de Capoeira. Desde o início em 2005 os capoeiristas estão formando uma roda de diálogos que possibilita os encontros das várias gerações de capoeira de nossa cidade. Pelo jeito o cântico da capoeira, o som dos berimbaus, pandeiros e atabaques vão dar o tom e a cor, ao Centro Histórico, nesta noite.


De acordo com a instrutora de capoeira Malu Farias, membro do Fórum de Capoeira, a capoeira está presente em João Pessoa desde setembro de 1977, e com muitas dificuldades. Ela disse: Zumbi Bahia o percussor da capoeira comentou que a aceitação foi boa inicialmente, mas como tudo que é novo, depois as pessoas foram se afastando. “Felizmente hoje uma boa parte dos bairros tem um ou mais grupos de capoeira”, frisou Malu Farias. .


O Fórum Permanente de Capoeira de João Pessoa reúne 18 grupos que buscam dialogar com o poder público, o que tem garantido avanços na relação capoeira e a Funjope- Fundação Cultural de João Pessoa. Lembrando que a capoeira tem 31 anos de muitas estórias nas ruas, praças e ginásio de nossa cidade. E o poder público começa a reconhecer a importância da existência da cultura afro-brasileira, em especial da capoeira ocupando o espaço dos bairros periféricos, comunidades e/ou favelas, para resgatar a cidadania das pessoas envolvidas naquela localidade. “Principalmente junto as crianças e aos jovens, ela tem conseguido orientar mudanças de comportamento, gerando uma inclusão social e cultural de muitos de seus praticantes”, destacou o contramestre de capoeira Dario, do Fórum. .


A programação desta terça de capoeira começa às 18h30mim, com aula de maculelê, aberta a todos e a todas presentes neste momento e depois serão formadas rodas de capoeira, que mostrarão há diversidade artístico-cultural dos grupos de capoeira existentes em nossa cidade. Os berimbaus e os tambores anunciaram a Kizomba (a festa). Se espera para a noite da capoeira um número significativo de capoeiras, integrantes dos 18 grupos presentes nas discussões do Fórum. “Mas esperamos também contar com a participação da população em nossa festa, já que a cidade terá uma das primeiras possibilidades de verem tantas capoeiras diferentes juntas”, falou mestre Zunga, , também integrante do Fórum. .


O Fórum de Capoeira de João Pessoa se reúne as terças-feiras, no Conventinho, no Centro Histórico, a partir das 19h00 para discussões referentes ao mundo da capoeira e para organização de eventos. No calendário do Fórum desde seu início temos as rodas de capoeira, no dia 8 de dezembro, na Festa de Iemanjá, em Tambaú, ponto de encontro e encanto dos capoeiras, incentivado pela Funjope. Na agenda do Fórum ainda está previsto a realização de um evento a nível nacional em nossa cidade para homenagear Zumbi Bahia que trouxe os primeiros cursos de capoeira e também os primeiros praticantes dessa arte de nossa cidade. O mestre Naldinho, integrante do Fórum disse: por enquanto estamos finalizando o projeto e começando os primeiros contatos para a sua captação. .

O Presidente Executivo da Funjope, Lau Siqueira presente na última reunião do Fórum de Capoeira informou a concessão de uso de uma sala no Conventinho para a sede provisória do Fórum. A Funjope que desde o ínicio tem fortalecido nossa organização, e tem nos acompanhado em cada passo neste percurso e percebemos que esta relação com a Funjope já reverbera diálogos também com outras secretárias”, comentou professor Manhoso. E acrescentou Welligton, integrante do Fórum, que os capoeiristas estão preocupados em organizar, refletir às práticas. “É estimulante ter pessoas tão sensíveis como gestores”, destacou wellington.
Para Emilson, responsável pelo setor de cultura popular da Funjope, é gratificante acompanhar o amadurecimento que a capoeira e os capoeiras estão obtendo em João Pessoa. “Tenho certeza que as perspectivas de diálogo desse Fórum com os gestores é a melhor possível”, salientou Emilson. .


Vale a pena conferir, nesta terça a partir das 18h30mim, essa grande roda, crianças, jovens, homens e mulheres e mais o público que está convidado para vivenciar a capoeira: sentar na roda, cantar, tocar e jogar. Segundo Adeilson, principalmente, no dia 13 de maio, data na qual se comemora a oficialização da abolição. Os historiadores comprovam cientificamente que 96% dos negros(as) já estavam libertos, na época. Hoje já existe a Lei 10.639/2003 que torna obrigatório o ensino da história e da cultura negra nas escolas. “Precisamos espalhar esse conteúdo o tempo todo para derrubar os preconceitos e festejar a força e alegria dos primeiros praticantes de capoeira, os negros”, concluiu contramestre Adeilson. .


O contramestre Dario ressalta que nas conversas com os primeiros praticantes de capoeira de nossa cidade, eles comentam que na época as mães não queriam deixar os filhos treinarem. Lembra de Gerson Carvalho, conhecido como “Pássaro Preto” ele mesmo confessava que era visto como doido pelos amigos por jogar capoeira. Balula falecido recentemente falava que incomodava um monte de negro junto, cantando e tocando. “Eita, viva a nossa abolição! Viva Zumbi! Esse é o legal do Fórum tornar acessível a todos(as) capoeiras a nossa própria história”,afirmou Malu Farias.



Outras informações com:

Malu farias, e-mail; malupalmares@yahoo.com.br, celular 8886 5540, contramestre Adeilson, e-mail; adeilsoncapoeira@hotmail.com, celular 8804 7484 e mestre Zunga, e-mail mestrezunga@hotmal.com, celular 8819 4635.








Morre Canhoto da Paraíba, expoente do choro nordestino
Músico desenvolveu técnica particular de tocar, foi parceiro de Sivuca e admirado por Paulinho da Viola


Morreu no Recife, na quinta, 24, o violonista paraibano Francisco Soares de Araújo, que ficou célebre com o apelido de Canhoto da Paraíba, um dos expoentes do choro nordestino, admirado pelos mais importantes músicos brasileiros, como Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho. Canhoto teve um enfarte - já tinha tido um derrame há uns 10 anos, o que o forçou a parar de tocar.

Nascido em 19 de maio de 1928, segundo a Enciclopédia Itaú Cultural, Canhoto da Paraíba, como o nome indica, tocava com a mão esquerda. Mas desenvolveu uma técnica particular de execução ao violão, com o instrumento invertido (mas sem inverter as cordas). Além disso, possuía um sentido harmônio e melódico incomuns, motivo que o fez ser admirado por todos os colegas do instrumento. Sacristão, aos 16 anos iniciou a carreira como músico na Rádio Clube, no Recife (PE).

Foi parceiro de Sivuca e Luperce Miranda e de grandes intérpretes do choro, como Rossini Ferreira e Zé do Carmo. Em 1959, esteve no Rio de Janeiro pela primeira vez e conheceu a nata do choro carioca, como Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Radamés Gnattali e Paulinho da Viola. Este último se tornou uma espécie de admirador eterno, e sempre que podia incorporava Canhoto em suas turnês. Tocaram juntos no Heineken Concerts e com a Velha Guarda da Portela no Palace, em São Paulo.

Em 1999, saiu o disco Os Bambas do Violão (Kuarup), que trazia Canhoto emparelhado com os maiores do instrumento, como Baden Powell, HenriqueAnnes, Nonato Luís e Rafael Rabelo. O crítico de música Mauro Dias escreveu, no Caderno 2 de O Estado de S.Paulo: "Paulinho da Viola talvez não fosse o mesmo se não houvesse antes dele Cartola e Nelson Cavaquinho e certamente não seria o mesmo se um dia não tivesse ouvido Canhoto da Paraíba".

O radialista cabedelense, Wellington Costa, quando integrava a Orquestra de Violões da Paraíba, ainda chegou a tocar lado a lado com Canhoto da Paraíba. Outro cabedelense que também fez parceria com Canhoto da Paraíba foi o instrumentista Wilson do Bandolin, que atualmente é solista do grupo de chorinho Os Prateados, de Cabedelo.